
Prof. Thiago Bernardino de Carvalho
Que nenhum setor saíra ileso da pandemia que assola todo o mundo, está claro para todos, empresa, empregados, governos, etc. Mas que o agronegócio brasileiro está mais apto a enfrentar à crise, isto sim. E a sociedade no geral reconhece este fato.
Algumas cadeias sofrem e sofrerão mais com os problemas oriundos da crise frente as demais, e uma das que possuem um horizonte menos turbulento é a cadeia de pecuária de corte.
Algumas cadeias sofrem e sofrerão mais com os problemas oriundos da crise frente as demais, e uma das que possuem um horizonte menos turbulento é a cadeia de pecuária de corte.
Alguns fatores levam a esse raciocínio mais otimista, entre eles a dependência do mercado externo frente ao produto brasileiro, o sistema de produção e por fim o uso de tecnologia.
Nos últimos anos o Brasil se consolidou como o principal player no mercado internacional de carne bovina, exportando carne para mais de 140 países e entre eles, a China. Fala-se do país asiático devido ao volume de compras das carnes brasileiras nos últimos anos, se tornando o principal destino das proteínas produto nacional (bovina, suína e de frango). Isso se dá diante de alguns fatores, entre eles uma maior aproximação de ambos governos, mas também da necessidade dos chineses na busca de carne mais barata e em quantidade. E esse cenário faz com que a dependência se torna cada vez mais forte, principalmente pela falta de carne bovina nos demais países exportadores. A busca da China pela carne brasileira, assim como um mercado exportador bem pulverizado, faz com que o cenário internacional para a carne brasileira seja um fator positivo nesse processo de pandemia.
O segundo fator, relacionado com a produção, decorre do fato que a produção brasileira de carne está em sua maior focada na produção extensiva da pastagem. E esse sistema, quando bem administrado, se torna um aliado do pecuarista, que pode regular a oferta de animais, dando equilíbrio ao mercado na busca por melhores cotações. Com a chegada da entressafra, espera-se que haja menor oferta de animais para o segundo semestre melhorando as cotações ao produtor.
Por fim, a tecnologia se torna um fator de “poupança” para o pecuarista. Quando mais há o uso de tecnologia dentro da porteira, há um incremento de produtividade e por consequência redução dos custos fixos de produção. Em épocas de crise, é de extrema importância que empresas, entre elas as fazendas, não deixem de lado o uso de insumos, para não depreciar seu rebanho e sua estrutura de produção, fazendo com que o rebanho a qualidade da produção se mantenha e dando oportunidade ao proprietário um poder maior de negociação com todos os elos. Essa “poupança” se refere ao investimento de longo prazo, que garantirá ao pecuarista uma margem de lucro e de produção maior nos médio e longo prazos.
E cenário se desenha otimista para o segundo semestre e para os próximos dois anos. Resta ao pecuarista não cair no efeito manada, no “maria vai com as outras” e parar com a produção, ou por muitas vezes “desligar o motor do carro”. A necessidade de girar a fazenda não vai parar, resta ao tomador de decisão decidir por quanto tempo levará os efeitos da crise dentro da porteira.
Latest news

Moscas domésticas: solução controla infestações contribuindo com a saúde animal e humana
Propriedades rurais podem acessar nova ferramenta para combater essa espécie de mosca Extremamente...
February 2025

Pecuaristas do Brasil ganham nova opção de embalagem para proteger os animais contra parasitas
Vetoquinol anuncia o endectocida Bullmax® na versão de 50mL A Vetoquinol Saúde Animal, companhia...
January 2025

Vetoquinol introduz Cefaseptin® no mercado veterinário
Farmacêutica veterinária lança antibiótico para cães com tecnologia que facilita a aceitação pelos...
January 2025