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Professor Dr Thiago Bernardino de Carvalho
UNESP/Botucatu

 
São vários os fatores que podem ser pontuados quando se fala da baixa participação do mercado brasileiro lácteo no cenário de exportações mundiais do produto. Os principais gargalos do Brasil perante o mercado externo são descritos pelo setor como: preços menos competitivos em relação à alguns países, falta de políticas públicas para a cadeia, baixa coordenação em se tratando de produção, processo e exportação e por fim um ponto crucial, a baixa qualidade do leite nacional em relação aos padrões internacionais.

 
Muito se observa a evolução na pecuária leiteira brasileira nos últimos anos, principalmente em se tratando cada vez mais de ferramentas de tecnologia nos pilares produtivos. A genética vem avançando nos últimos anos, com o maior uso de inseminação e padronização da produção, ganhos em termos de manejo nutricional são observados tanto em termos de produção extensiva como intensiva, assim como os protocolos de sanidade, atendendo requisitos de segurança alimentar e foco na qualidade do produto entregue pelo produtor.

 
Mas apesar de todo esse avanço, a baixa produtividade média da produção brasileira em relação aos coeficientes internacionais e a falta de um maior padrão em se tratando de qualidade, freiam os movimentos de conquista de uma fatia maior do mercado externo.

 
Muitas propriedades e latícinios aindam produzem um leite com quantidade de sólido (proteína e gordura) abaixo do padrão internacional. O monitoramento desses índices, assim como a ausência de resíduos e contaminantes são fundamentais nesse processo, sendo fundamentais na busca de abertura comercial. O foco nas propriedades tem que ser a melhora constante dessas variáveis.

 
Por outro lado, já há no país um movimento que busca organizar essas informações e já conta com muitas propiedades que produzem leite no padrão internacional. Mas em muitos casos esbarram na competição de preços internacionais, tendo a indústria optando por colocar o produto no mercado doméstico brasileiro. A baixa produção com qualidade dificulta a competição internacional, soamdo a fatores estruturais do país.

 
Neste ponto é importante destacar uma maior participção do governo em políticas públicas e na formulação de acordos comerciais, afim de possibilitar a venda do produto brasileiro, somado também a uma coordenação da indústria na elevação do padrão de qualidade dentro das propriedades. O pós-porteira tem um papel fundamental na busca a abertura internacional

 
Mas fica cada vez mais claro para o setor produtivo, que sem os pilares de produtividade e um alimento seguro e de qualidade, o país não irá avançar em se tratando de mercado internacional, se contentando com a oscilação de preços no emrcado doméstico e consequentemente na concentração de um mercado que produz qualidade e no mercado que busca subsitência.